
Não sou uma fã de praia. Meu bronzeado não me deixa mentir. Tenho um medo sobrenatural de morrer afogada, a combinação areia, água salgada e sol me da agonia e morro de vergonha de desfilar de biquini no meio da muvuca semi pelada. Mas vez ou outra, eu até me aventuro. Algo em torno de uma vez ao ano, e olhe lá.
Das minhas poucas experiências com praia, há algo que sempre reparo e sempre me traumatizo: Homens de sunga.
Na praia, os homens se separam em duas categorias. Aqueles que usam bermudas e aqueles que usam as horrorosas sungas.
Não é tão fácil desviar o olhar da sunga do indivíduo, eu até tento, mas parece que aquela peça tem um imã, é quase hipnótico. Depois de um banho de mar, as sungas parecem fazer parte do corpo do cara. Como se tivessem sido colocadas a vácuo, e me pergunto se foi o cara que vestiu a sunga, ou se foi a sunga que vestiu o cara.
As sungas não cobrem completamente o que deveriam cobrir. Quer coisa mais vomitável do que pelos pubianos escapando de uma sunguinha super atochada? Porque levando em consideração que sãp poucos os homens que se depilam, e que há pelos rebeldes naquele corpo que nunca encararam uma gilete, é praticamente impossível uma sunga cobrir todos.
Mas o pior de tudo, pior do que a estética de uma sunga, ou pior até mesmo do que pêlos pubianos escapando, é o volume que a sunga deixa a mostra. Há informações que deveriam pertencer apenas ao dono daquele piru. Como para qual lado ele o guarda. Acho muito indiscreto descobrir se o cara é de direita ou de esquerda na primeira ida a praia. Além do mais, o volume entre as pernas pode ser uma armadilha das grandes (com o perdão do trocadilho). O cara pode parecer super bem dotado, quando na verdade aquele volume não passa de sacos escrotais enormementes desproporcionais. O que me dá calafrios só de imaginar.
Imagino que homens não usem sempre bermudas, para bronzearem as pernas também. O que, devo admitir, faz sentido. Mas, cuidado meninos! Se o único motivo para usá-las é evitar as pernocas brancas, sei lá, use-as para pegar sol na laje da casa da avó, no sítio ou o mais escondido da civilização. Não há desculpas para usar sunga em plena praia do Francês e ainda achar que está arrasando.